Você sabia que o transporte de medicamentos representa um dos serviços mais críticos e complexos na cadeia de suprimentos? Pela natureza delicada dos produtos, seu manejo exige precisão e controle, indo muito além das práticas logísticas comuns.
Para que o serviço seja feito da forma correta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Conselho Federal de Farmácia e outros órgãos possuem regras, especificações e cuidados que devem ser seguidos.
Nós da Transjori, preparamos esse conteúdo com todos os detalhes que você precisa entender antes de transportar esse tipo de produto. Então, continue a leitura para saber mais.
Por que realizar o transporte de medicamentos da forma adequada?
Manejar medicamentos é muito mais do que levá-los do ponto A ao B. São produtos sensíveis com características distintas e que podem perder sua função se não forem transportados e armazenados da forma correta.
Um exemplo prático são as vacinas que precisam ser mantidas em determinada temperatura para que não estraguem. Vamos supor que esse produto precisa ser resfriado entre 2ºC e 8ºC para sua conservação, se você o envia em um veículo que não possui essa capacidade, as consequências serão onerosas.
A regra é clara para quem precisa realizar o transporte de medicamento: precisa ter conhecimento técnico e responsabilidade em cada etapa. Caso contrário, esse item que é essencial para salvar vidas não poderá ser usado.
É por isso que no Brasil existe legislação específica para o manejo desse tipo de produto e o primeiro passo para o transporte adequado é conhecê-la. Vamos lá?
Resolução RDC 430/2020
Essa é uma das Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) que nós da Transjori seguimos para transportar os seus medicamentos de maneira segura. Ela apresenta Boa Práticas de Distribuição, Armazenagem e Transporte para todo o processo logístico que envolve esse tipo de carga.
Em resumo, a RDC colabora para evitar a falta de estoque destes itens, possíveis perdas ou danos durante seu transporte e o controle de qualidade desses insumos. A resolução estabelece diretrizes e obrigações para todos envolvidos no manejo dos medicamentos, inclusive em etapas de logística reversa.
Através dessa diretriz, algumas regras são previstas, como:
- mapeamento dos processos e análise de riscos, para que o produto chegue em condições adequadas de uso;
- mapeamento térmico das rotas que levanta as condições reais que o medicamento será exposto no trajeto;
- qualificação térmica que abrange tanto a distribuição e armazenagem, quanto o transporte. Visa identificar a instabilidade de temperaturas externas, movimentação e outros fatores considerados incontroláveis no transporte por meio de testes e documentação dos elementos utilizados nesse processo;
- monitoramento de temperatura que é um dos pontos principais da resolução e deve ser avaliado em todas as etapas do processo logístico;
- validação dos sistemas utilizados conforme o Guia de Validação de Sistemas Computadorizados da Anvisa;
- realização de auto inspeções periódicas para garantir a qualidade dos processos e produtos, além de identificar e melhorar ações que não estão funcionando bem.
A RDC 430/2020 foi criada em 2020 e está em vigor desde março de 2024. Além dela, há também a RDC 653/2022, que você entende mais detalhes a seguir.
Resolução RDC 653/2022
Essa diretriz atualiza as normas presentes na RDC 430/2020, apresentando mudanças significativas para os processos de armazenamento e transporte dos medicamentos.
Com essa resolução, tivemos um aprimoramento no manejo de produtos farmacêuticos em diversos pontos considerados críticos nesse processo. É o caso, por exemplo, do controle de temperatura durante o transporte, um dos desafios do setor logístico.
Com a RDC 653/2022, há um pouco mais de flexibilidade para o controle efetivo do transporte, a fim de garantir melhor eficiência nesse processo. Assim, inclui-se na diretriz o monitoramento de abertura de portas, paradas, estudo de estabilidade de excursão e outros pontos.
Quais são as boas práticas para o transporte de medicamentos?
As RDCs são apenas um resumo do que deve ser feito para se ter resultados satisfatórios no transporte e armazenamento de medicamentos. Mas há mais detalhes a serem considerados e você entende um pouco mas sobre eles a seguir:
Farmacêutico responsável
As empresas que atuam no transporte de medicamentos precisam ter um farmacêutico inscrito no Conselho Regional de Farmácia na equipe. A expertise desse profissional é essencial para:
- garantir o registro dos produtos;
- averiguar se o meio de transporte e ambiente de armazenagem estão sendo limpos corretamente;
- verificar se todas as regras para o manejo da carga estejam sendo cumpridas;
- entre outras funções.
O farmacêutico é parte chave para que o transporte de medicamento seja executado de forma correta e licenciada, seguindo as boas práticas previstas em lei.
Gerenciamento de estoque para o transporte de medicamentos
Temperatura adequada, cuidados específicos com as embalagens, são apenas alguns dos detalhes importantes para a conservação e armazenagem dos farmacêuticos. Por serem itens sensíveis, é imprescindível que haja uma excelente gestão de estoque dos produtos para evitar avarias.
Meio de transporte adequado
Assim como a armazenagem precisa de certa atenção, o meio de transporte que levará a carga também. É preciso um cuidado especial nessa etapa, pois o produto percorre longas distância e mesmo em um trajeto pequeno, existem pontos a serem considerados.
Em alguns casos, pode ser necessário o uso de um baú refrigerado. Em outras, caixas térmicas são suficientes para que os medicamentos cheguem na temperatura adequada. Tudo isso é definido antes da saída, através de planejamento das rotas e um amplo entendimento do que está sendo transportado.
São questões complexas que exigem cuidado e atenção, mas quanto a isso, fique despreocupado e conte conosco para o transporte de medicamentos com total segurança. Clique aqui para falar com nossa equipe.